É preciso garantir a autonomia e a segurança dos deficientes físicos em todos os espaços. Será que os direitos dessas pessoas são respeitados? Como é a vida do cadeirante, afinal?
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de indivíduos têm algum tipo de deficiência, o que representa 23,91% da população em todo o território nacional. Nesse contexto, é preciso garantir a autonomia e a segurança dos deficientes físicos em todos os espaços. Por falar no assunto, será que os direitos dessas pessoas são respeitados? Como é a vida do cadeirante, afinal?
Conquistar maior independência para realizar as tarefas do dia a dia é, ainda, um desafio para as pessoas com deficiência. Embora o país conte com uma legislação sobre o tema — que determina a obrigatoriedade de recursos para o conforto e a segurança dos deficientes —, muito ainda precisa ser feito, especialmente quando falamos em acessibilidade.
Neste artigo, vamos mostrar como é a vida do cadeirante, de que forma superar os desafios do cotidiano e dar 5 dicas para que as pessoas com deficiência vivam melhor. Confira!
Como é a vida do cadeirante e de que forma superar os desafios?
As pessoas com deficiência física enfrentam, em seu dia a dia, desafios que precisam ser vencidos. Entenda, nos tópicos abaixo, como é a vida do cadeirante nas cidades brasileiras e o que deve ser feito para melhorá-la!
Falta de acessibilidade
Uma das principais barreiras com as quais os cadeirantes se deparam é a falta de acessibilidade. Isso acontece tanto nos transportes públicos como em prédios públicos e privados de uso coletivo, como universidades, hotéis e restaurantes. Tal dificuldade fere o direito de ir e vir, pois impede que essas pessoas transitem pelas cidades e pelos espaços com segurança e autonomia.
A legislação determina a eliminação dos obstáculos que impossibilitam a mobilidade. Logo, para superar o problema, é necessário cobrar ações efetivas do Estado. Em relação ao transporte, cabe aos governantes garantir a disponibilidade de ônibus com acessibilidade e assegurar que eles estejam operando plenamente. Além disso, os motoristas precisam ser treinados para saber como utilizar o equipamento.
Preconceito das empresas
Há, no setor privado, cerca de 700 mil vagas de emprego reservadas para pessoas com deficiência, mas somente 340 mil (49%), aproximadamente, estão ocupadas. Isso ocorre porque muitas empresas não têm estrutura adequada para o acesso dos deficientes físicos em seus espaços ou deixam de contratá-los por acreditar que eles terão dificuldade para chegar ao trabalho.
Quando elas empregam, o cadeirante precisa lidar com o preconceito no ambiente de trabalho. Em grande parte dos casos, a discriminação é observada na admissão, durante a vigência do contrato e na hora da dispensa. Portanto o deficiente físico deve enfrentá-la a todo momento e usar a legislação a seu favor.
Conforme a lei, empresas que têm entre 100 a 200 funcionários são obrigadas a preencher os seus quadros com, pelo menos, 2% de pessoas com deficiência. De 201 a 500 colaboradores, o percentual sobe para 3%; de 501 a mil para 4% e acima de mil para 5% do total. A realidade, no entanto, ainda não é essa.
Falta de políticas públicas na área da sáude
As políticas públicas para os deficientes físicos na área da saúde também deixam a desejar. Há falta de dados oficiais sobre o cadeirante e pessoas com outros tipos de deficiência, o que compromete a eficácia das ações. Afinal, quem são, onde estão e do que necessitam?
Em grande parte das situações, as pessoas com deficiência precisam de atenção básica, especializada e emergencial, porém não têm respaldo algum. A falta de mobilidade para chegar às unidades de saúde é outro grande desafio. Logo é preciso cobrar o poder público por ações mais efetivas.
Indiferença da sociedade
Em geral, as pessoas não se interessam muito em saber como é a vida do cadeirante. É preciso fazê-las entender que direitos não são regalias, portanto devem ser cumpridos. Afinal, todos nós devemos ter oportunidades iguais para irmos em busca dos nossos objetivos.
Nesse sentido, a indiferença social precisa dar lugar à mobilização da sociedade. Os educadores e os meios de comunicação têm o papel fundamental de estimular o debate e contribuir com avanços nessa área. Mas nós também podemos fazer a nossa parte, ocupando os espaços e mostrando o quanto somos capazes de fazer a diferença.
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